8.2.1. Executar ações de educação ambiental nas áreas públicas de visitação e de nascentes
Essas visitas serão alinhadas com parceiros, organizações governamentais, instituições de pesquisa, ensino e extensão e setores da sociedade civil, de modo a divulgar o Projeto e difundir:
(i) a importância do plantio nessas áreas e da conservação da vegetação em ambientes de nascentes, seu impacto para a população de um modo geral, a influência sobre a disponibilidade e qualidade da água e manutenção de espécies da fauna, como o Soldadinho-do-Araripe, ave endêmica da região de encosta da Chapada do Araripe; e,
(ii) o impacto da supressão indiscriminada da vegetação nativa sobre o ambiente, a perda de qualidade do solo e ameaça aos recursos hídricos, bem como a manutenção aos serviços ecossistêmicos, e como as ações de plantio são essenciais no combate às mudanças climáticas, à segurança alimentar e proteção do solo.
Para comemorar o Dia da Árvore, o Complexo Ambiental Mirante do Caldas promoveu um dia de educação ambiental em Barbalha-CE, e a Fundação Araripe, parceria da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Ceará, participou do dia de campo, levando grupos visitantes para conhecer a área pública do teleférico do Caldas e os locais no entorno, que irão receber o plantio pelo Pomares da Caatinga. 29 pessoas participaram da ação, registrada em fotos e lista de presença. A atividade ocorreu em setembro de 2023.
A principal tradição do dia de Finados, em Juazeiro do Norte-CE, é a romaria do padre Cícero Romão Batista. Milhares de fiéis visitam o Horto do Padre Cícero para prestar sua homenagem. Nessa época do ano, durante três dias, visitantes de todo o país costumam passar pelo local, um dos principais pontos de turismo religioso do Brasil. O Horto é um dos ambientes estratégicos onde o Pomares da Caatinga atua, com vistas a executar um reflorestamento urbano e de grande impacto regional, principalmente pela importância do turismo no local, que conta também com um teleférico que leva o visitante até próximo à estátua do Pe. Cícero.
Para o dia 02 de novembro, a Fundação Araripe promoveu o Pomares da Caatinga na sede do teleférico, onde se destacou as ações de reflorestamento que serão realizadas no local e a importância do desenvolvimento de uma floresta urbana para o Cariri cearense e o semiárido. A maquete temática desenvolvida é essencial para ilustrar o planejamento para o processo de recuperação ambiental do Horto. 25 pessoas participaram da ação, registrada em fotos e lista de presença.
Seguindo a tradição do turismo religioso no Horto do Padre Cícero, no dia 01 de fevereiro de 2024 foi celebrada a Romaria de Nossa Senhora das Candeias, que conta com atividades culturais em pontos tradicionais da cidade, incluindo visita à estátua do Padre Cícero, onde a Fundação Araripe irá realizar um plantio estratégico e de grande impacto para o Horto do Padre Cícero. Na ocasião, a instituição realizou a doação de mudas e realizou conversas e explicações sobre a ação de plantio a ser executada durante o Pomares da Caatinga.
O Parque Estadual Sítio Fundação, localizado no Crato-CE, é um dos ambientes mais estratégicos para discussão sobre a conservação da paisagem na APA Chapada do Araripe e costuma receber visitantes de todo o estado para turismo rural e visitas guiadas. Nesse contexto, a Fundação Araripe, por meio do Pomares da Caatinga, participou de um dia educativo sobre a água, as florestas e as árvores no dia 05 de dezembro de 2023, envolvendo visitantes e o corpo de bombeiros, que tratou sobre acidentes e ocorrências mais comuns em Parques, bem como sobre ações preventivas durante as caminhadas, em possíveis encontros entre animais peçonhentos e silvestres.
Em 06 de fevereiro de 2024, a Fundação Araripe, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Prefeitura Municipal de Várzea Alegre, deu início, por meio de um plantio simbólico aos processos de recuperação de três nascentes na comunidade Riacho Verde. O evento contou com a participação da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Ceará e de duas escolas públicas municipais de Várzea Alegre. O dia de campo teve como objetivo a conscientização coletiva sobre a importância da preservação das matas ciliares que protegem os recursos hídricos e qualificam a água que abastece o município e região, com destaque para o papel das nascentes no processo.
No dia 01 de março de 2024, a Fundação Araripe, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), o Programa Agente Jovem Ambiental (AJA), Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), representantes técnicos da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), do Sistema Municipal de Abastecimento de Água (SAAEJ), e da Associação da Serra Olho d’água, realizou o plantio de mudas no sítio Boca da Mata, principal grupo de nascente que abastece o município de Jardim-CE, como ação educativa e estratégica para a conscientização sobre a importância da manutenção das Áreas de Preservação Permanente em torno de nascentes. Os municípios de Jardim, Barbalha, Crato e Várzea Alegre guardam maior dependência dessas nascentes. Portanto, a Fundação Araripe, a Sema e os municípios, em parceria, vêm promovendo ações conjuntas voltadas para a recuperação e manutenção de nascentes na região do Araripe, que se caracteriza por um ambiente diferenciado quanto à presença de recursos hídricos, evidenciados pela presença de nascentes no entorno da Chapada do Araripe.
No último dia 28 de março, a Fundação Araripe, representada pelo diretor técnico Francisco Campello, esteve presente no aniversário dos 2 anos do Complexo Ambiental Caminhos do Horto e dos 2 anos da APA do Horto do Padre Cícero.
Celebramos essa data reforçando a importância da parceria da Fundação Araripe com o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima, através de ações de valorização da cultura do Cariri cearense.
Desta parceria, destacamos algumas iniciativas ambientais, como o trabalho de restauração desenvolvido com o Projeto Pomares da Caatinga, da nossa participação efetiva no Conselho da APA e do seu Plano de Manejo.
Nos dias 20 e 21 de maio de 2024, foi realizado o Seminário Estadual de Atualização do Programa de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB), promovido pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), por meio do Departamento de Combate à Desertificação, em colaboração com a Fundação Joaquim Nabuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI). A finalidade foi discutir, compartilhar e refletir sobre conhecimentos, experiências e lições aprendidas, no combate à desertificação, mitigação aos efeitos da seca e convivência com a semiaridez.
A programação do seminário abrangeu uma variedade de atividades, incluindo apresentações sobre o panorama da desertificação e seca nas áreas afetadas, oficinas, debates, diálogos com os participantes, sessões plenárias, compartilhamento de experiências e trabalho em grupos temáticos para elaboração de propostas, onde o tema Restauração florestal socioprodutiva no semiárido foi debatido, como ação estratégica para o combate direto ao crescimento das áreas em processo de degradação e ameaça a desertificação.
Em 10 de junho de 2024, foi realizada a Missão Climática pela Caatinga de Enfrentamento à Desertificação e à Seca. A Fundação Araripe, representada pela secretária geral, Patrícia Campello, e pelo diretor técnico da FA e presidente do Conselho da Reserva da Biosfera da Caatinga, Francisco Campello, esteve presente na Missão Climática pela Caatinga de enfrentamento à Desertificação e à Seca, participando das discussões técnicas e acompanhando a missão do Ministério de Meio Ambiente. O evento aconteceu na Univasf em Petrolina (PE), ciceroneado pela vice-reitora da Universidade, Lucia Marisy e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, do secretário Executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw e ainda, da secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal e do diretor de Combate à Desertificação, Alexandre Pires.
A Fundação Araripe apoiou um grande evento para o desenvolvimento sustentável da Caatinga. A luta é grande e cansativa, mas o prazer de discutir e ajudar a construir políticas públicas é maior ainda, principalmente como a de hoje: Desertificação e Mudanças climáticas.
No dia 10 de julho de 2024, a equipe técnica do Projeto promoveu um dia de campo com a turma de restauração socioprodutiva da V Conferência Brasileira de Restauração Ecológica, para demonstrar como ações em pequena e média escala de restauração socioprodutiva podem contribuir para o fortalecimento dos serviços ecossistêmicos e reestabelecimento da paisagem. O grupo conheceu algumas iniciativas de uso sustentável da caatinga, por meio de Unidades Demonstrativas de Recatingamento e Sistema Agroflorestal, de modo a compreender a importância do uso de espécies economicamente viáveis para as famílias agricultoras do semiárido, papel exercido pelo Pomares da Caatinga em suas áreas de abrangência.
Para comemorar o Dia da Árvore, em 21 de setembro de 2024, a Fundação Araripe executou uma ação de campo em parceria com agricultores familiares de Exu-PE, para fortalecer os plantios florestais socioprodutivos do Projeto e buscar novas famílias para aderir às ações de plantio. O dia celebra a importância das florestas para o mundo e, na década da restauração, a importância da execução de projetos que busquem reestruturar o uso sustentável dos biomas.
Como ação iniciante em parceria com a aldeia indígena de Atikum, localizada entre os municípios de Trindade e Ouricuri, Mesorregião do Sertão Pernambucano, a equipe técnica do Projeto participou de um dia de campo com os indígenas, sobre educação ambiental no campo. A noite do dia 26 de agosto de 2024, teve como debates: a importância do voto para a sociedade, a manutenção de áreas protegidas e dos povos originários do país e a relação da aldeia com o meio ambiente e a proteção dos remanescentes de vegetação nativa. Nesse cenário, a Fundação Araripe apresentou as metas do Pomares da Caatinga para a aldeia e, como o plantio de espécies florestais socioprodutivas pode incrementar a renda e a segurança alimentar das famílias e dos animais de criação.
Situação: 63% concluída. Ao longo de 21 meses do Pomares da Caatinga, foram realizadas 12 ações estratégicas, contemplando a educação ambiental e a difusão do Projeto, abordando diretamente a importância da conservação dos recursos naturais, das áreas de recarga hídrica e Áreas de Preservação Permanente.
Nesse cenário, 270 pessoas participaram diretamente dos dias de campo, palestras, mesas redondas e ações de educação ambiental. Desse total, estiveram presentes 122 mulheres e 148 homens, conforme listas de presença enviadas e disponibilizadas em meios físico e digital.
Essas ações serão realizadas em áreas de nascentes e de plantio em larga escala e receberão 20 visitas no total, em um período de 30 meses.