O local do lançamento foi a Estação do Teleférico Monsenhor Murilo de Sá Barreto com o plantio simbólico de mudas que deu início às ações de reflorestamento do projeto  

A Fundação Araripe lançou hoje (24) o projeto Pomares da Caatinga, na Estação do Teleférico Monsenhor Murilo de Sá Barreto, em Juazeiro do Norte, às 9h. A abertura contou uma apresentação cultural do grupo Irmãos Aniceto, seguido pelos pronunciamentos do coordenador técnico do projeto, Francisco Campello e do chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, Carlos Augusto Alencar.

E ainda,  a presidente do Instituto Dragão do Mar (IDM), Rachel Gadelha, o Deputado Federal, Davi de Raimundão, a secretária de Turismo, Yrwana Albuquerque, finalizando com a secretária de Meio Ambiente do Estado do Ceará, Vilma Freire.

Registramos nesse momento também a presença também da secretária geral da Fundação Araripe, Patrícia Campello, da gestora da APA do Horto do Padre Cícero, Angélica Jorge e do Coordenador Regional de Governo da Caixa Econômica, Waldir Alves. Entre os convidados, anotamos o representante da URCA e do Geopark Araripe, Eduardo Guimarães, a secretária de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte, Genilda Ribeiro e o presidente do Comitê da Bacia do Rio Salgado, Wydevânio Vieira.

O coordenador da Fundação Araripe e do Projeto Pomares da Caatinga, Francisco Campello, falou sobre a importância do projeto aos convidados, destacando o fato do projeto Pomares da Caatinga fazer parte da era da Restauração, ter um significado muito importante e impactante para a região, por ser uma iniciativa local que se insere dentro de uma agenda global.

Segundo Campello, essa iniciativa da Fundação Araripe tem o apoio do Fundo Socioambiental da Caixa (FSA) e é estratégica para a região. “Essa ação que vamos executar na Região do Araripe congrega três elementos estratégicos: restauração em áreas protegidas como o Horto, que é uma APA; restauração em ambientes estratégicos para a sociedade, como as nascentes que garante segurança hídrica;  e restauração em ambientes de áreas degradadas, para fortalecer as atividades sócio produtivas das comunidades rurais agricultoras. O Projeto foi pensado de forma a não deixar as pessoas, as famílias de fora do processo. Então a gente vai associar a Proteção Ambiental a necessidade socioeconômica das famílias”, falou Campello.

A Secretária de Estado do Meio Ambiente, Vilma Freire, reafirmou a parceria com a Fundação Araripe e o projeto. “O Projeto Pomares da Caatinga, que pretende plantar 500 mil mudas de plantas nativas da Caatinga em uma área de transição com o Cerrado. E na oportunidade aproveitamos para reafirmar que todo o projeto, toda ação tem como resultado o sequestro de carbono e contará com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente,  já que a questão da mudança climática é uma das prioridades da nossa secretaria e para o Ceará. Após as falas foram distribuídos aos participantes da mesa, uma pequena cesta com produtos oriundos da Caatinga como cosméticos, sequilhos, biscoitos, mel, óleo, entre outros, todos produzidos por famílias agricultoras atendidas pela Fundação Araripe.

Em seguida aconteceu um plantio simbólico  de mudas, com a participação dos convidados e do grupo de Jovens Brigadistas de Valor (JBV), do Colégio Militar e dos Agente Jovem Ambiental (AJA),  como uma ação que deu início às atividades do projeto idealizado pela Fundação Araripe com o apoio do Fundo Socioambiental CAIXA (FSA CAIXA). O evento foi realizado em parceria com os Salesianos e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), que faz a gestão do espaço.

 

O Projeto

O Pomares da Caatinga tem como objetivo criar ambientes de produção e recuperação ambiental, através da implementação de um Arranjo Produtivo Local (APL), voltado para a produção de sementes e mudas, com destaque para as espécies melíferas (que atraem abelhas), frutíferas e forrageiras (usadas como fonte de alimento para os animais), que sejam de interesse e importância comercial para as famílias produtoras, promovam segurança alimentar e a recuperação de nascentes e de vegetação nativa. As áreas de execução serão na APA Chapada do Araripe e em comunidades da Mesorregião do Sertão Pernambucano, em localidades  previstas para atuação do projeto.

O Pomares da Caatinga foi iniciado em janeiro de 2023 e terá duração de 36 meses. A meta do projeto é estruturar viveiros florestais, em parceria com o poder público, para produção de 500 mil mudas de espécies nativas da Caatinga e de transição com o Cerrado como o pequi, babaçu e caju, entre outras, que vão compor o núcleo produtivo do Pomares. O Projeto também vai realizar capacitações, plantio de 10 ha de Sistemas Agroflorestais e recuperação de 35 nascentes na APA Chapada do Araripe e outras cinco na Mesorregião do Sertão Pernambucano, plantio de 2 mil metros lineares de cercas vivas e recuperação de 250 ha de áreas em processo de degradação.

O Pomares da Caatinga está presente em seis municípios do Ceará, localizados na APA Chapada do Araripe, no Núcleo de Desertificação Irauçuba-CE, e, em quatro municípios da Mesorregião do Sertão Pernambucano. Envolve 13 comunidades nos plantios socioprodutivos, parceiros da sociedade civil e proprietários de imóveis rurais, para recuperação de Área de Preservação Permanente e Reserva Legal. Como uma de suas ações estratégicas, o projeto está em constante mobilização e ampliação para atendimento de outros municípios nessas três regiões.