O projeto tem como objetivo realizar o plantio socioprodutivo de 500 mil mudas nativas e adaptadas a Caatinga e ao Cerrado, que estão sendo plantadas nos estados do Ceará e Pernambuco.

A Fundação Araripe recebeu, no último dia 28 de junho, a coordenadora de projetos do Fundo Socioambiental CAIXA, Iris Luna, para uma apresentação das ações do projeto Pomares da Caatinga. As atividades começaram com uma reunião na sede da Instituição, seguida pela visita ao Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, com a presença do Secretário de Urbanismo e Meio Ambiente do Crato, ambas instituições parceiras do Projeto.

A coordenadora visitou também o viveiro florestal municipal do Crato e o estadual do Ceará, em Jardim, inseridos no projeto, além de beneficiários do município de Jardim e destacou a importância do trabalho para a região da Chapada.

“Estou muito feliz com o que vi. O projeto é muito interessante. Todas as áreas que eu visitei tive a oportunidade de conhecer algumas coisas que eu ainda não tinha visto, mesmo sendo daqui da região, como algumas espécies diferentes, nos viveiros que conheci, no Crato e em Jardim”.

E completou, “Visitei uma família beneficiada que está muito encantada com o trabalho, muito comprometida. Inclusive um dos filhos tem formação na área e está disseminando o trabalho em outras comunidades próximas”.

Carlos Nogueira, criador de abelhas sem ferrão, desde criança é um beneficiário do município de Jardim e recebeu a visita da equipe. “Fui beneficiado pelo projeto Pomares da Caatinga e hoje estou reflorestando e a cada dia isso me motiva mais a preservar a natureza mais e mais. É um projeto muito bom que nós estamos desenvolvendo, a cada dia plantando trazendo só melhorias. Os criadores de abelhas hoje são os que mais preservam a natureza”, disse satisfeito.

Durante os 36 meses de duração, o Pomares da Caatinga prevê a restauração de 40 nascentes, a produção de 500 mil mudas nativas e adaptadas, que serão plantadas em municípios do Ceará e de Pernambuco, na região da Chapada do Araripe, em uma zona de transição entre a Caatinga e o Cerrado, no Núcleo de Desertificação de Irauçuba e em municípios da Mesorregião do Sertão Pernambucano.

O projeto Pomares da Caatinga tem como objetivo apoiar Arranjos Produtivos Locais (APL) através de plantios florestais, sistemas agroflorestais e restauração florestal ecológica. Para isso, o Arranjo Produtivo Local é focado na coleta de sementes de espécies florestais nativas e adaptadas, produção e comercialização de mudas, além de produtos derivados da biodiversidade local. A iniciativa prioriza a recuperação de áreas protegidas e nascentes.

 

 

Texto: Patrícia Lyra