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CAMINHOS PARA A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Um novo caminho
Saber conviver pressupõe, obrigatoriamente, aprender sobre o outro e enxergá-lo de
forma ampla e realista. Não é diferente na convivência da população com o Semiárido nordestino. É preciso aprendizado, pé no chão, ou
melhor, na terra, experiência de vida e um novo
olhar, que passa pela adoção de tecnologias sociais e técnicas conservacionistas.
Para equilibrar a alternância de extremos
hídricos da região (secas e enchentes), a solução mais viável ecológica, social e economicamente correta é, sem dúvida, a adoção,
por parte dos produtores rurais, agricultores
familiares e assentados, das esquecidas técnicas conservacionistas. É olhar o passado para
caminhar para o futuro.
É necessária uma nova estratégia para as
zonas semiáridas dos sertões Brasileiro: capacitar os próprios agricultores familiares e assentados rurais, a partir de suas lideranças, para
que possam adotar, em suas terras, sistema
agrosilvopastoril sustentáveis que promovam
um desenvolvimento ecologicamente correto,
tornando seus lotes produtivos e fixadores.
Nessa nova estratégia, na qual os próprios
camponeses são os agentes multiplicadores de
práticas conservacionistas, um dos fatores básicos é a confecção e o manejo de instrumentos
rústicos, capazes de substituírem os caros e sofisticados instrumentos topográficos.
Com o objetivo de colaborar para a preservação do meio ambiente procurando difundir
boas práticas para uma convivência sustentável
com a semiaridez que promovam a segurança
alimentar, hídrica, energética e conservem as
paisagens a Fundação Araripe e o Ministério
do Meio Ambiente com apoio do Fundo Clima
e da Editora IABS publicam o livro “Caminhos
para a agricultura sustentável: princípios conservacionistas para o pequeno produtor rural”,
de Geraldo Barreto e Osani Godoy.
Esta publicação é destinada aos técnicos
(de todas as profissões) que atuam no sertão,
desprovidos de meios, vencendo todas as dificuldades e sem acesso à literatura especializada sobre Conservação do Solo e da Água.
Nesta obra, estão detalhadas as seguintes
tecnologias: Uso do Clinômetro, Nivelador de
Alvo, Barramento Base Zero e Técnicas de
Conservação do Solo e da Água. Esperamos
que o produtor possa aumentar sua produção
e sua renda.

Programa de Capacitação em
Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono

Módulo 1: Introdução ao Programa de Capacitação em Tecnologias Para Agricultura de Baixa Emissão de Baixo Carbono e o PRS Caatinga.
Prof. Dr. Pedro Leitão

Módulo 2: Introdução ao Clima e à Ciência do Solo.
Prof. Dr. Mário de Miranda Vilas Boas Ramos Leitão

Módulo 3: As práticas de Convivência com o Semiárido e Introdução às Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono.
Prof. Dr. Helder Ribeiro Freitas e Profa. Bruna Guerreiro Tavares (Org.)

Módulo 4: Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono (TecABC) na Caatinga.
Prof. René Geraldo Cordeiro da Silva Júnior e Profa. Giselle Parno (Org.)

Módulo 5: Ferramentas Digitais de Uso no Ensino e em ATER Remota.
Profa. Dra. Márcia Bento Moreira e Prof. Jaldo Pereira Lopes

Módulo 6: Fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais.
Profa. Dra.Luciana Souza
Prof. Dr. Daniel Ribeiro Menezes
Profa. Dra. Eva Mônica Sarmento da Silva
Prof. Paulo Alves Nogueira Filho

Módulo 7: Fontes de Financiamento e Crédito Disponíveis.
Prof. Marcelo Henrique

Módulo 8: Acesso a Mercados.
Profa. Dra. Vivianni Marques Leite dos Santos

Módulo 9: Gestão e Fortalecimento de Cooperativas e Associações.
Prof. Dr. Denes Dantas Vieira
Prof. Dr. Elson Oliveira

Módulo 10: Oportunidades e Sustentabilidade do Projeto.
Profa. Dra. Vivianni Marques Leite dos Santos

Módulo 11: Técnicas de Registro de Atividades no Campo (Linhas de Base).
Prof. Dr. Ricardo Duarte

Módulo 12: Metodologia de Ensino e Pesquisa.
Profa. Mônica Aparecida Tomé

Módulo 13: Elaboração de Projetos.
Profa. Dra. Dra. Lucia Marisy Souza Ribeiro de Oliveira,
Prof. Dr. Bruno Cezar Silva,
Profa. Patricia Maura A. Bareto Campello e MSc. Tiago Pereira da Costa (Org.)

Licuri: Boas práticas de manejo, uso e conservação na Caatinga

A presente cartilha foi elaborada a partir da Escola Família Agrícola do Sertão – EFASE e a Fundação de Desenvolvimento Sustentável do Araripe – Fundação Araripe, por meio das ações de apoio e fortalecimento do Centro Vocacional Tecnológico – CVT Fundo de Pasto, sediado na EFASE e disseminado nas comunidades circunvizinhas, com o intuito de sistematizar informações relevantes relacionadas ao sistema produtivo do licuri (Syagrus coronata (Mart.) Becc.) em parceria com o projeto “Cadeia Produtiva do Licuri MCTI: Inovação Sustentável para Bioeconomia da Caatinga” que faz parte do Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia MCTI e é liderado pelo Núcleo de Bioprospecção da Caatinga do Departamento de Bioquímica da Universidade Fe￾deral do Pernambuco (NBIOCAAT/UFPE) em parceria com o Laboratório Nacional de Biociências do MCTI (LNBIO/CNPEM), a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Projeto Bem Diverso da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES).

O Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia MCTI é uma iniciativa da Coordenação –Geral de Ciência para a Bioeconomia do Departamento de Ciências da Vida e Desenvolvimento Humano e Social da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (CGBE/DECIV/SEPEF) que utiliza a ciência, tecnologia e inovação na implementação de soluções para a aumentar a agregação de
valor em cadeias produtivas da bioeconomia nos biomas brasileiros, melhorando a qualidade de vida das comunidades locais com o desenvolvimento de novos bioinsumos, bioprodutos e e biomateriais a partir do uso sustentável da biodiversidade além de estimular a circularidade e o aprovei￾tamento de resíduos nas cadeias produtivas apoiadas.

O objetivo dessa cartilha foi registrar as experiências de aproveitamento do potencial das espécies nativas da Caatinga, sobretudo do licuri, para divulgação e valorização das atividades socioprodutivas locais.

A sistematização e divulgação das experiências de boas práticas de uso múltiplo sustentável da Caatinga são indispensáveis para a valorização do modo de vida predominante nas comunidades e famílias que protagonizam tais experiências, bem como para o fortalecimento dos sistemas produtivos adotados pela agricultura familiar praticada na região.

Cânticos dos Cactus

Um esforço que retrata a perseverança sertaneja de duas gerações. Poemas, poesias, cenários e fotografias que traduzem e registram a saga dos povos vaqueiros: João Vital – o fotógrafo da Caatinga, com sua sensibilidade e profissionalismo e Geraldo Barreto – o professor Barretinho, com sua vivência nos sertões nordestinos.

Esse duelo de competência entre a imagem e o verso nos proporciona uma abordagem única para compreendermos os diferentes momentos que marcaram os comportamentos e o contexto socioeconômico das comunidades vaqueiras.

Eles estão muito bem apresentados pelo professor Barretinho, em conjunto com o registro fotográfico, único do João Vital, e permite nos deleitarmos com as belíssimas imagens que dão vida a este cenário de mudanças adversas culturais, ambientais e econômicas.

A obra Cânticos dos Cactus é uma homenagem aos “Vaqueiros das Caatingas”, figura humana rodeada de mistérios e lendas reconhecidas pela Lei 11.928, de 17 de abril de 2009, estabelecendo o terceiro domingo do mês de julho como o Dia do Vaqueiro Nordestino.

Cânticos dos Cactus também é um tributo de João Vital e Geraldo Barreto a essa gente sertaneja que, com sua determinação, vem mantendo a cultura e mostrando formas de convivência com a semiaridez. Ao promoverem a segurança alimentar e hídrica conservam as paisagens das Caatingas e os serviços ecossistêmicos, dando dignidade às famílias rurais e contribuindo para a implementação dos principais objetivos para o desenvolvimento sustentável, o grande desafio da humanidade.

Para adquirir a obra: https://clubedeautores.com.br/livro/canticos-dos-cactus

Iniciativas no Setor Florestal do Nordeste do Brasil

O lançamento do Programa Nacional de Florestas-PNF, em abril de 2000, oficializou o reconhecimento, por parte do Governo brasileiro, da importância da atividade florestal na conjuntura econômica nacional.

Ao desempenhar seu papel de articulador e coordenador de programas e projetos voltados ao desenvolvimento do setor florestal, o Ministério do Meio Ambiente, por intermédio da Diretoria do Programa Nacional de Florestas, tem a missão de elaborar um plano de ordenamento e manejo dos recursos florestais no país.

Várias são as etapas a serem cumpridas até a elaboração final desse plano. A primeira, é o levantamento de todas as iniciativas e experiências realizadas ou em execução no setor florestal de cada uma das cinco Regiões geográficas brasileiras.

Esta publicação representa o atendimento da primeira etapa na região Nordeste, executada pela Fundação Araripe, organização não governamental sediada no Crato/CE, com vasta experiência no trato da questão florestal regional e parceira do PNF.

A finalidade do presente trabalho, que retrata as experiências no setor florestal nordestino, é tornar-se instrumento de referência para os levantamentos nas demais Regiões brasileiras e subsidiar a tomada de decisões e o planejamento de ações voltadas para o uso sustentável de nossas florestas.

Raimundo Deusdará Filho

Diretor do PNF