Áreas de Ação

A Fundação Araripe, vem trabalhando na difusão de boas praticas para uma convivência sustentável com a semiaridez, na região do Araripe e em outros espaços do semiárido brasileiro, desde sua criação. A Fundação tem uma atuação muito focada junto as comunidades
tradicionais (Extrativistas, Fundo de Pasto, Quilombolas) e assentamentos da reforma agrária e comunidades rurais. Os diversos projetos que foram realizados sempre tiveram uma abordagem que busca estabelecer:

1. Estratégias de uso sustentável dos recursos naturais, procurando fortalecer os sistemas produtivos agropecuários por meio da inserção de práticas de manejo e conservação de solo e água. Promover o manejo florestal sustentável junto as atividades extrativistas em especial com os produtos não madeireiros com foco no Pequi, Babaçu, Macaúba, Fava D’anta, Umbu, Maracujá da Caatinga e Licuri ), o manejo florestal comunitário para assegurar o suporte forrageiro promovendo uma pecuária sustentável por meio dos sistemas silvopastoris e produção madeireira para atender as demandas de lenha, estaca, varas e mourões em base sustentável, promovendo a conservação das paisagens e dos serviços ecossistêmicos a segurança energética e a conservação da biodiversidade.

2. Sistemas agropecuários sustentáveis e adaptados a semiaridez implantados com técnicas de conservação de solo e água próprios do semiárido. A Fundação vem promovendo a difusão do “Nivelador de Alvo e do Clinômetro Rústico”, tecnologias sociais que possibilitam o uso das práticas de curva de nível, renques de pedras e terraciamento em escala por produtores rurais e técnicos que atuam na região, assegurando assim, sistemas de produção que não esgotam o solo e possibilitam a infiltração das águas no solo. A difusão de sistemas
agroflorestais e quintais produtivos, promovendo a segurança alimentar e hídrica das famílias.

3. Práticas de recuperação de áreas degradadas, para reverter os principais processo de degradação, utilizando o “Nivelador de Alvo e o Clinômetro Rústico” para a implantação de “Arcos Romanos em Pedra Seca Deitados” e Renques de Pedras, além de diversas práticas
vegetativas que possibilitam o barramento dos principais processo erosivos (erosão laminar e vosorocas) e a gradual recuperação do solo e da vegetação. A experiência da Fundação está na utilização de tecnologias que impedem e recuperam os processos de degradação, evitando o carreamento de material para assoreamento dos açudes e lagos naturais. Possibilita a infiltração e estocagem de água no solo, onde fica protegida dos efeitos do sol, além de possibilitar a transformação de áreas degradadas em áreas produtivas.

4. Capacitação dos atores locais por meio de processos pedagógicos participativos envolvendo as comunidades locais na identificação dos problemas e sua capacitação para reverter os processo de degradação. Procurando dessa forma, definir uma institucionalidade local que possibilita a difusão das boas práticas pelas próprias comunidades rurais criando assim, uma segurança quanto a continuidade dos sistemas produtivos sustentáveis e a capacidade para reverte os processo de degradação do solo e da biodiversidade.

5. Ações estruturantes junto às políticas públicas buscando assim, refletir as experiências desenvolvidas nas ações governamentais para a qualificação de seus equipamentos locais e na aprovação de programas que valorizem o uso sustentável da biodiversidade e reverta os processos de degradação da terra. A Fundação vem trabalhando de forma permanente junto aos órgãos Estaduais e Federais e a organizações da Cooperação Técnica na implantação de projetos de recuperação de áreas degradadas, conservação do solo e uso sustentável da biodiversidade.

6. Ações na região para fortalecer a participação da sociedade nos processo de conservação e gestão ambiental. Nesse contexto, a Fundação tem uma presença efetiva junto as comunidades locais apoiando iniciativa para conservação. Durante a Pandemia da COVID – 19, com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura – IICA, a Fundação viabilizou a entrega de 1000 “Cartões Alimentação” para as comunidades extrativistas, quilombolas, indígenas e de agricultores familiares em reconhecimento as ações voltadas a conservação da biodiversidade e recuperação de áreas degradadas.